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Sol na cabeça, pé no chão, construindo psicologia do litoral ao sertão: Mobilizações, Comunidade e Saúde
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Histórico do ENEP

“ O começo da atuação estudantil na Psicologia se deu na barca dos movimentos mais gerais, mas serviu como excelente fonte de acúmulo de experiências, que eclodiriam anos mais tarde, principalmente a partir de 1965, ano que presenciou a primeira tentativa de um encontro mais amplo dos estudantes de Psicologia, batizado de ENEPsi (precursor do ENEP)

O I ENEPsi foi marcado pelas questões gerais da realidade brasileira, mas também pelas questões específicas da realidade psi, representada pelo currículo e foi o encontro que marcou essa iniciativa, pois a necessidade de um contato mais global era premente, já que se vivia a época de um ideal coletivo comum de transformação da realidade brasileira. Se fazia, pois, necessário, o encontro para que estratégias de luta, para o Brasil e também para a Psicologia, fossem configuradas. O encontro e a vivência estudantil vão marcar o movimento estudantil

O ENEPsi fora inviabilizado por conta da repressão da ditadura militar a partir do Decreto –  Lei 477 de 26 de fevereiro de 1969, “… que coibia toda e qualquer manifestação política ou de protestos no interior dos estabelecimentos de ensino públicos ou particulares” (Sanfelice, 1986, p.74), o que incluía qualquer encontro organizado por estudantes. O ENEPsi retornou a partir de 1976, com o nome de ENEP,

Durante a primeira metade da década de 1970, o ideal máximo era a reorganização das entidades estudantis para se concretizar a revolução contra a ditadura militar, não conseguida nos anos 1960. Os grupos políticos clandestinos agiam através da luta armada, mas também no interior das universidades ligados aos Centros de Estudos (disfarces acadêmicos para as organizações estudantis), tentando continuar o movimento de 1968. O ENEP nasceu dentro dessa perspectiva e surgiu como mais um fórum de organização estudantil para realizar a revolução.

O ENEP surgiu com essa função exclusivamente política de cunho geral, mas também adveio do movimento dos próprios estudantes da Psicologia, que careciam de um espaço de encontro para discussão de suas questões específicas, ou seja, como a Psicologia poderia se configurar enquanto uma agente de transformação social. Essa era a principal preocupação das Semanas de Psicologia, estratégias emblemáticas de ação dessa, que preconizaram os ENEPs.

O ENEP surgiu, então, da confluência de fatores gerais (a revolução) e de fatores específicos (a Psicologia transformando o geral da realidade social), tendo como ideal mora reforma curricular (utopia psi), e tendo como fator aglutinante o encontro,responsável pela energia motora do movimento estudantil da Psicologia.

O ENEP surgiu nesse contexto e tinha um objetivo partidário advindo das tendências políticas, não sendo um objetivo interno da psicologia, mas sim mais um fórum de discussões para pensar a revolução e a luta contra a ditadura: o grande objetivo era organizar a sociedade civil contra a ditadura.”

Texto retirado de: Ribeiro M. A. (2007). História do movimento estudantil na psicologia: leituras e reflexões acerca do ENEP (Encontro Nacional dos Estudantes de Psicologia) Memorandum, 13, 100119. Retirado em / / , da World Wide Web http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a13/ribeiro01.pdf

Autor C.A de Psicologia UECE

Perfil do C.A. de Psicologia UECE, responsável por esse blog.
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